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Lições de estratégia para empresas: o que nos ensina a viagem espacial?

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Lições de estratégia para empresas: o que nos ensina a viagem espacial?

27 de Outubro 2023

Tempo de leitura: 5min

As empresas de sucesso devem ter uma estratégia, um propósito, um sonho compartilhado.

Esta visão foi um dos grandes motivos que permitiu o triunfo do Programa Apollo 11 e a chegada do homem à Lua a 20 de julho de 1969. Essa inspiração coletiva foi capaz de mobilizar uma nação inteira em torno do mesmo propósito.

As palavras do presidente John F. Kennedy fizeram uma organização de mais de 400.000 membros sentir uma conexão genuína com o trabalho que realizaram. Andrew Carton, professor associado de gestão na escola de Wharton, Universidade de Pensilvânia, destaca na sua pesquisa que o programa espacial da NASA obteve resultados graças à mensagem clara que foi transmitida e à capacidade de gerir com base em objetivos específicos.

A corrida espacial: “Escolhemos ir à Lua. Não porque é fácil, mas porque é difícil”

Richard Branson tornou-se recentemente na primeira pessoa a chegar ao espaço a bordo de uma astronave que financiou e ajudou a construir: “Sempre fui um menino que olhava para as estrelas e agora sou um homem que olha para a Terra numa nave espacial.”

Um sonho que durou mais de dez anos e que enfrentou vários problemas até se concretizar.

Os percalços do programa espacial norte-americano não foram poucos até Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins completarem a sua missão há pouco mais de cinco décadas.

Ninguém disse que seria fácil e as organizações devem estar preparadas para o fracasso e serem capazes de lidar com as incertezas. Algumas metas podem parecer ambiciosas, por isso, será necessário criar uma cultura de liderança baseada no trabalho em equipa e com um propósito.

Funções diferenciadas, objetivos claros

Não importa o tipo de função que se desempenhe, o compromisso será a chave.

Cada colaborador deve perceber no seu dia-a-dia que está a trabalhar para um projeto global. Para que isso aconteça, o líder deve encontrar o objetivo central da equipa e motivá-la.

Primeira viagem espacial: A liderança deve pensar sempre em grande

A inovação é hoje um diferencial para todas as empresas. Uma dos anúncios de publicidade da Apple mais reconhecidos nos anos 90 afirma: «Think Different

Embora alguns os vejam como loucos, nós vemos a sua genialidade, porque pessoas loucas o suficiente para pensar que podem mudar o mundo … são aquelas que mudam”. As organizações podem sonhar com as estrelas.

Expandir nacional ou internacionalmente? Lançar novos produtos? Implementar novas metodologias de trabalho? Tudo é possível. Estabeleça metas e prazos, crie planos de ação e trabalhe em equipa.

Promova oportunidades para todos de igual forma, porque as competências definem os resultados: Wally Funk, de 82 anos, aparece na história a partir de 20 de julho de 2021 como a pessoa mais velha a ir ao espaço por ter sido incluída no vôo da empresa Blue Origin, de Jeff Bezos.

Funk teria participado na década de 1960 do programa de treino de astronautas da NASA, mas não conseguiu realizar o seu sonho devido às limitações que as mulheres enfrentavam na época.

Uma última recomendação, dê o exemplo. À frente de uma equipa focada em resultados, estará sempre um líder disposto a assumir responsabilidades.

Prepare-se para a mudança

As organizações devem ser ágeis o suficiente para se reinventar. A NASA passou por várias reestruturações para permitir respostas e decisões mais rápidas e tornar as viagens espaciais uma realidade.

É impossível pensar que as empresas podem permanecer estáticas diante de desafios constantes. No mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo), só conseguirão sobreviver aqueles que conseguem antecipar as mudanças no contexto empresarial e agilizar os processos de decisão.

Um estudo recente da empresa de consultoria Deloitte observa que os líderes em tecnologia são “precisamente aqueles chamados para atuar como líderes cinéticos, focados em alcançar a transformação e garantir resiliência.”

Olhando para a Lua: a competição pode ser positiva

Os concorrentes podem ser grandes catalisadores. Um dos principais motivos está no constante aperfeiçoamento. Seja cada vez melhor no desempenho.

Os Estados Unidos e a União Soviética eram grandes rivais na corrida espacial. Inclusivamente, os soviéticos estiveram em vantagem para se tornarem a primeira nação a enviar um ser humano ao espaço. Desafio aceite e ultrapassado, os americanos voltaram os olhos para a Lua. E quanto mais forte o competidor, maior o esforço e a recompensa.

Richard Branson, Jeff Bezos e Elon Musk estão agora na corrida pelo turismo espacial e cada uma das suas empresas está a tentar liderar num mercado potencial que promete lucros de até 10 bilhões de dólares.

O fundador da Amazon garante que a tecnologia desenvolvida pela sua empresa -Blue Origin- permite maior velocidade e chega a 100 km de altitude, justamente onde começa a fronteira entre a Terra e o espaço (Linha Karman). O duelo entre os competidores indica que Musk -CEO da SpaceX- construiu uma constelação de mais de 1.500 satélites e até planeia colonizar o planeta Marte no ano 2050.

Celebre com sua equipa

Lembra-se quando foi a última vez que a sua empresa colocou um foguete em órbita e atingiu gravidade zero? Comemorou o seu sucesso com sua equipa? Motive, transforme, evolua, promova espaços para comemorar e os seus colaboradores poderão desenvolver grandes projetos.

Andrew Carton acrescenta que as visões mais inspiradoras são aquelas que permitem visualizar os resultados: «Bill Gates imaginou um computador em cada mesa e em cada casa e Henry Ford concebeu um carro para que as pessoas pudessem desfrutar durante horas de prazer». E para sua empresa? Já pensou numa visão mais desafiante para os seus colaboradores?

 

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